JULITA E CIRO
CONTEXTO HISTÓRICO
Nosso contexto de hoje é o império romano no tempo do imperador Diocleciano. Já havia muitos cristãos no mundo. Mas o imperador Diocleciano procurou reabilitar as velhas tradições, incentivando o culto dos deuses antigos. Empreendeu aquela que é conhecida por alguns historiadores eclesiásticos como a penúltima grande perseguição empreendida pelo Império Romano contra o Cristianismo: foi uma época de muitos mártires.
Hoje nossa atenção se volta para Santa Julita e seu filho São Ciro, que morreram martirizados justamente nessa época.
O SANTO
Julita vivia na cidade de Icônio, na Licaônia, atualmente Turquia. Era uma senhora cristã, que ficou viúva logo após dar à luz um menino, que foi batizado com o nome de Ciro. Três anos depois começou a feroz perseguiçao do imperador Diocleciano aos cristãos.
Julita fugiu para a Selêucia e, em seguida, para Tarso, onde acabou presa. O governador local, Alexandre, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais para sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo. Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Na prisão Ciro acabou morrendo e Julita foi decapitada no ano 304.
Os corpos foram recolhidos por uma de suas fiéis servidoras e sepultados num túmulo que foi mantido oculto até que as perseguições cessassem. Quando isso aconteceu, poucos anos depois, o bispo de Icônio, Teodoro, resolveu, com a ajuda de testemunhas da época e documentos legítimos, reconstruir fielmente a dramática história de Julita e Ciro. E foi assim que este culto chegou aos nossos dias.
Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos santos mártires inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém . Por isso é considerado o santo padroeiro das crianças que sofrem de maus-tratos.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA EM NOSSA VIDA
A propósito da trama armada quando crucificaram Jesus, podemos ler em João 11,49-50: "Um deles, Caifás, que era o Sumo Sacerdote daquele ano, disse-lhes: “Vós não entendeis nada! Não compreendeis que é melhor para nós que morra um só homem pelo povo para que não pereça a nação toda?”
Jesus era um homem justo que incomodava as estruturas do poder com suas idéias. Ele pregava com autoridade contra a injustiça social reinante, e isso adquiriu conotações políticas perigosas.
Mas a vida mostra que o sacrifício do justo, ao invés de diminuir o vigor de suas idéias, traz para elas nova vitalidade. Quando morre um mártir, as pessoas passam a ver nele a esperança pela qual ele morreu, e que justifica também nossa própria opção de vida. A perseguição possui uma espiritualidade escrita com sangue, e isso motiva outras pessoas, aumentando os justos, em números e na fé. Assim, homenageamos hoje Santa Julita e seu filho Santo Ciro, exemplos de fé cristã.
terça-feira, 15 de junho de 2010
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